segunda-feira, 29 de agosto de 2005

A amizade

A amizade vê-se, nos bons, mas principalmente nos maus momentos. Deve ser vista, nas suas várias formas, amor, carinho, mas também das várias formas, bênção, privilégio.
Não me perguntem porquê, pois não saberia sequer responder, há coisas que apenas se sentem, e uma delas é amizade, faz-mos crescer.
Por isso, é nesse sentido, que quando alguém, por alguma razão, nos agradece, algum gesto de amizade, não o esteja a fazer como quem agradece um simples favor, mas sim, como forma de reconhecimento de uma amizade.

A amizade,
É o que se vê e não se vê,
É dar e não esperar,
É receber sem ter que retribuir,
Faz parte de nós.

Muito já aprendi nesta minha vida, e ainda muito mais hei-de aprender, uma das coisas, foi, que no que diz respeito a amizade, nunca devemos ser contidos e ou modestos nas nossas palavras.
Porque, por mais que queiramos passar o nosso reconhecimento através de um simples gesto, olhar, a comunicação verbal, pode ser, a única forma de mostrar e demonstrar o que nos vai na alma, o quanto queremos...
A minha experiência de vida, já me mostrou, que chegou a altura, de deixar de estar tantas vezes calado e passar a deixar as emoções passarem a palavras e actos.

Para todos aqueles que no passado, presente e futuro, venham de alguma forma preencher a minha vida com a sua amizade, presto aqui o meu humilde reconhecimento.

sábado, 27 de agosto de 2005

Noite Feliz...

Apesar dos (pequenos) excessos, não aquela delambida boys band, e em bom-nome, não daquele das ricas e abastadas famílias da outrora sociedade resplandecente, cometidos ontem a noite, esta foi "maravilhastica".
-"Escredo", "escruzes", "esganhoto", tanto tro(u)ca...tro(u)ca...trocadilho.
-Ai! Querem lá ver, o gajo ficou gago, com tanta emoção, qui sa , engasgado, por uma tamanha espinha do bacalhau a lagareiro, que se lhe espetou, na garganta...
Depois de tamanho repasto, pela calada da noite, cavaleiros armados, em nome do imperador, partimos a conquista, das ruas e vielas, seguindo a luz brilhante, não da estrela polar, mas sim, de uma esplendorosa pedra preciouzzz.
Finalmente pela aurora da madrugada, apesar dos pesares e das diminutas baixas, a cruzada chegou ao fim.

-Querem lá ver que o gajo, está com uma tremenda diarreia mental, qui sa, o "petróleo" deu-lhe volta a cabeça!!!!!
-Cala-te, já me dói a cabeça...
-Não te chegou, ontem a noite!
-Tanto papel e tinta de ecrã desperdiçados, e agora, onde é que este gajo vai limpar o cu, e pintar a cara?!
-Não sei, se lhe diga, para ele parar de postar, ou, o mando pastar!
Vá lá agora a sério, não é que, não estivesse a falar a sério, com tais palavras desvairadas. "...noite feliz, noite feliz..."
-CALA-TE, MAS QUANDO É QUE ESTE GAJO SE CALA!!!!!!!!
-Ai! Querem lá ver isso, vamos ter que aguentar com o gajo! (mais *)
Gostei, e se me for permitido, "...quero mais, e muito mais..."
Já estou a ver os tro(u)ca...tro(u)ca...trocadilhos que vão fazer com estas frases.
Aguentar! Será que o gajo pesa assim tanto?! O que tu queres, sei eu...
-Oh pa!!!Está calado, já chega, olha que eu arregaço a saia, e de cima deste meus lindos sapatos de saltos altos, vou-me a ti, e (es)fa(or)nico-te todo. (mais *)
-Cala-te, já me doem as "vistas", os "ovários", de tanto te ouvir falar!
Ah! Agora, não pensem que se vão livrar de mim facilmente! "Pegou me deu um laço. Danço bem no compasso, de prazer, levantou poeira. Poeira, Poeira, Poeira... Levantou Poeira..."
-Pára lá com isso, se não um gajo vai ficar com o(s) olho(s) todo(s) tapado(s) com tanta poeira. (mais *)
-Vai dar banho ao bicho.
Qual bicho, o que deu ao corpinho de feijão?
-Lava-me esses olhos e pêlos de urso, o fumo deve estar-te a afectar o cérebro!

Vou então terminar, porque já me dói o pulso (nada disso), mas sem antes, vos agradecer. Obrigado pela magnífica noite, estava a precisar, foram uns amores. E desculpem qualquer coisinha...
-Estava a ver que o gajo nunca mais se calava, ufa!
-Raios, com tanto fotógrafo paparazi, não era mais fácil, o gajo ter aqui postado uma foto, com uma simples legenda. (Recordações de um bom jantar), ou talvez, (Retalhos de uma noite monumental).

(*)sorrisos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Simplesmente poético

Para que não julguem que apenas "apanho", o lado mau da vida, aqui vos deixo mais dois toscos, qui sa, ingénuos, ditos poemas meus, escritos também com 15 anos.

MEU PENSAMENTO

Quem me dera ser
O pente com que te costumas pentear
A água da fonte onde te vais banhar.

P'ra poder teu cabelo tocar
Teus lábios beijar
Teu corpo sentir
Tua vida viver
Ao teu lado ficar
Dentro de ti morar
P'ra nunca te deixar.



A VIDA

A vida é um nada,
É um simples passatempo,
É um breve momento no tempo,
É coisa já determinada.

A vida pode ser,
Mais curta que o tempo,
Por mais longo que seja o tempo,
Por mais tempo que agente viver.

A vida vive-se em cada momento,
Por cada momento que agente viver,
Na vida vive-se cada momento,
Que agente pensa jamais viver.

A vida é amarmo-nos
A nós próprios,
Para depois amarmo-nos
Uns aos outros.

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Reflexão

Motivado por gentis palavras dos meus queridos companheiros e amigos "Blogueiros", decidi por mãos a obra, ver os "deves e os haveres" da minha, nem tão curta, nem tão longa, vida.
Tirado de um dos extractos de minha infância e adolescência, encontrei este poema, entre outros, que escrevi em 1986.
Achei que poderia e deveria partilha-lo convosco. Afinal o tema ainda se mantêm mais que actual.

"Século XX"

Viver não vale a pena
Num mundo tão banal,
Neste mundo qu' é só ódio
Ninguém jamais se ama,
Cada dia cada hora a morte acorda
E a vida acaba num só mal,
Neste mundo tão banal
A morte nasce e a vida acaba,
Neste mundo que se odeia
Não há lugar p'ro amor
Porque nele o ódio reina,
Ao olhar para a imensidão
Nada se vê se não ódio e rancor
Neste mundo onde só silvas há
Não vale a pena amar
Porque não se é correspondido
E quando não se é correspondido
Não há nenhum ODIO
Que o AMOR consiga vencer.



Descansem, os vossos espíritos, o poema não quererá forçosamente, espelhar o estado de minha alma actual.
Apenas um, acto de reflexão.
É sabido, que um poema, se me é permitido dar-lhe esse nome a estas minhas toscas palavras, poderá ter, varias interpretações.
Deixo-vos aqui um espaço para o fazerem.
Deste o egoísmo do ser humano, que trava guerras e batalhas, em prol de uma falsa paz, motivado sim, pela conquista do "ouro negro", e de outro bem cada vez mais escasso, a água. Ao amor, a verdade, etc...
Sejam livres de arbitrar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Prisioneiro de mim próprio

Há vida lá fora, eu aqui, refugiado, preso, entre quatro paredes. Preso a uma vida, que escolhi para mim. Agarrado, as raízes do passado.
Não que esteja aprisionado pelas barreiras físicas, destas quatro paredes.
Sinto-me prisioneiro de mim próprio, da minha própria realidade.
Cientes das nossas decisões, sabedores de uma verdade, só nossa, praticamos actos, formamos juízos de valores. O futuro, impiedoso, muitas vezes releva, tristemente, os erros de tais decisões.
Dou um passo e depois outro, na esperança de escapar, desta prisão, subitamente, paro, penso será este o caminho para a felicidade? Como se houvesse um caminho ideal para a felicidade!
Bem sei que "Errar é humano" ou "Quem nunca pecou que atire a primeira pedra".
Não estarei eu, ao ser tão crítico de mim próprio, quem sabe, a hipotecar o meu presente, pensando demasiado no meu futuro.

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Tributo ao amor

Um amor Infinito

Dizem que
Um Amor Infinito
Já não há
porque não pode ser
um Amor
se Divino
Já não há
Nem há nada a temer
- E eu não acredito...,
Não sei como
Eu não acredito....,
- E peço para ver
- Eu só peço para ver
ainda peço para ver
Um Amor Infinito,
já não há
é impossível haver
Dizem
que um Amor
Consentido
Já não há
nem se pode entender
- E eu não acredito...,
- Eu não, não, não, não acredito...,
- E peço para ver...
-Eu só peço para ver
- Ainda peço para ver
Dizem que
Um Amor Infinito
Já não há
Nem há tempo a perder
Um Amor
Um Princípio
Já não há
Nem há nada a dizer
- E eu não acredito...,
Não sei como
Eu não acredito....,
- E peço para ver
- Eu só peço para ver
ainda peço para ver.

In Um amor infinito dos Madredeus


Eu cá acredito. Porque ainda tenho muito amor para dar e receber.
Para cada um de nós existe alguém.
Vitimados por algum dos nossos fantasmas, por vezes deixamos de viver um grande amor.


Quem não amou

Quem não amou
Não sabe o que perdeu
Mais vale ter um lado triste, amargurado
Do que viver sem uma paixão

Quem não amou
Coitado não sonhou
E quem passou, passou e nem ouviu
A voz do coração

Gosto quando ficas até tarde e deixas tudo pra depois
Gosto quando acordas tarde
Num trapo em cima dos lençóis
Gosto quando fazes de malvada e ris da minha condição
E o teu respirar cansada
Teu arrepio na cova do ladrão

É que o amor
Seja lá o que isso for
E sempre uma mistura de feitiço
E de ternura com um pouco de suor

É que o amor
Seja lá o que isso for
É sempre uma mistura de feitiço
E de ternura com um pouco de suor


In Filarmónica Gil


Eu já amei, das várias formas que o amor pode tomar, amor de filho, amor de tio, amor de irmão, amor de amigo. Mas ainda quero amar muito mais. Amar como homem, ainda não foi capaz, por estar cego ou por não me saber fazer amar.

Amor

Amor razão da vida,
Algo sem fim.

D' amor sai amar,
Amando tudo supera,
Nada se sente,
É-se Feliz.

Lampejo

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Dias & dias

Estava disposto a fazer um tributo ao amor, mas o espírito estava deserto, árido de palavras.
Pois há dias & dias, em que os fantasmas perseguem os nossos espíritos, queremos fugir de tudo e de todos, de nós próprios.
A alma chora silenciosamente.
Invade-mos a solidão, mesmo que entranhados na multidão.
Na esperança da bonança, esperamos o conforto de um carinho, um ombro amigo, tal como um barco deseja um porto num dia de tempestade.
Estou num desses dias.

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades

Foi aqui que tudo começou a ganhar vida.
Sim nesta velha lareira, outrora cheia de vida e esplendor.
Apesar dos meus meros 35 anos, sou do tempo da boa e antiga educação à portuguesa, dos bons velhos e saudosos costumes e valores.
Sabem porque?
As crianças eram educadas também pelos avós, que lhes transmitiam esses valores.
Muitas foram os serrões passados junta a essa lareira, palpitante, a sopa a cozinhar, a avó a ensinar o neto a ler e escrever, a ensinar sábios valores morais, a luz do candeeiro a petróleo. Sim, naquela altura ainda não havia luz eléctrica, por isso não tínhamos televisão, mas isso por si só não é motivo para nos privar de uma boa conversação. Sabem porque, mais tarde a luz veio, mas os bons velhos costumes permaneceram.
É tudo uma questão de hábitos, sim hábitos, ou não será afinal o Homem um animal de hábitos.
Ter-se-á tudo isto perdido "na lixeira da nossa civilização"?
O nosso futuro está nas mãos de quem não sabe mais dar o valor a tudo isto. Interessam-se mais pela televisão, jogos, guerras, sangue e violência.

O homem que sou hoje, parte devo-o a minha saudosa avó.

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Á pedido de varias "Famílias"

Caros amigos depois de me entranhar no vosso "mundo", foi como partir a descoberta de algo novo, uma realidade deveras fascinante. Toda aquela amizade, camaradagem fez nascer em mim a vontade de participar nesse mesmo "mundo".
Tinha estabelecido como meta o final deste ano, mas á pedido de varias "famílias", decidi por mãos a obra.
Tronco a tronco espero vir a construir algo que me venha trazer de volta a alegria perdida.
Obrigado por tudo.

Quando a escolha do nome para o meu Blog, depois de pensar, achei o nome sugestivo. Nada melhor que á volta da fogueira, para calmamente falar com os amigos, como nos velhos tempos, muito antes da era da TV.