Cada vez mais, hoje em dia a educação de um modo geral faz-se na escola, pois passamos grande parte da nossa fase de aprendizagem, na qual estamos mais receptivos, nelas, e já que estamos no período de regresso a escola, achei por bem falar deste assunto. Não pretendo ser fundamentalista, nem ofender ninguém, pois aqui não se aplica a frase "São todos farinha do mesmo saco", nas sim, "A carapuça só serve a quem a enfia".
Não sei quantos educadores irão ler este meu post, mas deixo aqui a minha opinião, poderá de alguma forma ser útil.
Educar não pode ser apenas expelir um amontoado de palavras! Pedagogia.
Muito de quem somos e dos traumas que carregamos, devemo-los aos nossos educadores, quer sejam pais, educadores de infância e professores.
Educar não é fácil, tem os seus fardos, mas isso não justifica a falta de pedagogia, a rudes nas palavras, a humilhação das plateias.
As dificuldades aqui combatem-se em grupo, com auxílio. Dúvidas, todos nós temos, uns mais do que outros. A dúvida pode despertar o conhecimento, não devemos por isso castra-lo, com um mero atestado de estupidez. Estúpidos são aqueles que não compreendem a razão da dúvida, ou não procuram encontrar a sua nascente.
Não sigam o caminho mais fácil e façam como a minha professora de português do ciclo, que ao constatar que eu era um bom aluno a todas as disciplinas com excepção a sua, sabendo ela das minhas dificuldades, em vez de se inteirar dos porquês, teceu um simples comentário castrador, negativo, "não sei como um aluno médio a português tem tão boas notas às outras disciplinas!?". Eu sempre tive dificuldades com a nossa língua mãe, pelo tardio contacto com ela, talvez daí a minha dificuldade de expressão e os meus traumas em parte causados pelo apoio demonstrado pela minha querida professora de português.
Digamos que o episódio marcou-me de alguma forma, mas felizmente não castrou a minha sede de conhecimento, nem deitou por terra a meu percurso académico.
Muitos dos nossos alunos ficam traumatizados em relação a matemática, sem razão aparente, a não ser a falta de pedagogia. Como quase todo na vida, para desenvolvermos algumas das nossas capacidades, temos que saber exercitar os nossos órgãos, como um ginasta exercita os seus músculos, uns mais que outros dependendo das suas necessidades, um aluno deve exercitar o seu cérebro, e a meu ver os professores deveriam sim incutir esse espírito aos alunos. Felizmente eu nunca senti essas dificuldades em relação a matemática.
Acima de tudo os nossos educadores devem ser flexíveis, pedagogistas, tolerantes e modestos, porque é sabido que nem todos têm a mesma capacidade de aprendizagem, e serem receptivos a actos de reciclagem.
Desculpem qualquer coisinha, mas por vezes minar o campo tem os seus efeitos positivos.
Sosseguem as vossas "armas", também sei que há bons exemplos, e eu felizmente tive alguns.