segunda-feira, 30 de abril de 2007

Encruzilhada...

Chegado a uma encruzilhada da vida, eu nela parado, decidindo qual o caminho a seguir, sim porque o ritmo biológico do tempo não para, há que por isso pensar, decidir...
Por isso acho que chegou o momento de parar, pensar, voltar um pouco atrás, olhar de novo a placa junto da encruzilhada, a ver quais o(s) destino(s) nela traçado(s)...
Até lá, deixo-vos um pouco no silêncio, reflectindo comigo próprio...

Tenham uma Boa semana!

domingo, 29 de abril de 2007

Meus e teus olhos

No encontro do olhar
meus olhos viram
o brilho do teu olhar
cintilando de desejo

Será o meu olhar
capaz de lembrar
a luz a tua presença
retratando-a na lembrança

No sorriso do teu olhar
foi capaz de presenciar
o mais profundo sentimento
vibrando de alento

No meu olhar aprofundo
o calor do teu olhar
nascido lá do fundo
do mais puro cativar

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Wave

Absorvendo o espírito primaveril, tal beija-flor...


Gal Costa


Ouvir o original (cantado por Daniel Jobim e Luiza Jobim) da novela Paginas da vida.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

O Mare e Tu - Andrea Bocelli & Dulce Pontes



Talvez por ser romântico...




terça-feira, 24 de abril de 2007

Existências...

Verdades ocultas, debaixo da pele,
Aromas esquecidos, travados no tino,
Tragos perdidos, à beira dos lábios,
Traços esculpidos, a flor da pele,
Origens atravessadas, na encruzilhada da vida,
Rostos guardados, sob o olhar,
Sangue fervendo, debaixo da pele,
Sombras esquecidas, na claridade,
Resíduos guardados, nos recantos da alma.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sombras

Parte de mim quer abalar,
outra quer ficar.

Agarrado a um amor,
talvez inteiramente só meu.
Prendem-me as sombras
vadias e fugidias.

Voar bem alto,
com asas de condor.
Alcançar planícies,
plantar e colher.

O que a alma não vê,
a minha afeição não sente!

domingo, 22 de abril de 2007

O que os olhos não vêem

Fitamos olhares discretos,
nossos corpos,
despidos de preconceitos,
revelam formas inimagináveis.
Novas sombras gracejam novo esplendor,
vestidas de uma claridade, raiada.
Secretamente nossas consciências,
inconscientemente permutam viveres,
outrora passado, agora presente, fluídas num só.
Bebemos aromas, outrora perdidos,
incapazes de descobrir de perto,
o que de longe nossas almas perpetuam.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Para Mais Ninguém

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Só Em Teus Braços

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Pseudo-poeta

Logo no inicio da segunda metade dos anos 80 (ainda um jovem colegial), fruto das circunstâncias e do contexto, nascia em mim o pseudo-poeta, com este "poema" (adequado aos sentimentos da época):

O aluno

É a flor que brota do verde campo,
Mal tratada, sem se puder defender,
Talvez sendo uma rosa o pudesse fazer,
Dessas mãos selvagens, que usufruem do seu grampo.

Mãos selvagens sem compaixão,
Que fazem feio o que lindo é,
Que fazem lixo do que bom é,
Derrubando-o para o chão.

Essa flor sem o querer,
É amachucada sem piedade,
Ai! Que ninguém o bem te quer.

Semearão em mim alvitres tristes
Quando eu silva for,
Sem lástima eu hei-de me vingar.

1986

domingo, 8 de abril de 2007

Almas gémeas

Platão entre outros conceitos, foi precursor do Amor Platónico e das Almas Gémeas.
No livro "O Banquete", onde enaltece o amor, Platão conta que, nos primórdios o ser humano era composto por três géneros, masculino, feminino e o andrógino que era um ser duplo, tinham 4 pernas, 4 braços e 2 cabeças. Existem andróginos com uma metade masculina e outra feminina, e outros com as duas metades masculinas ou duas femininas. Certa altura, essas criaturas provocaram os deuses, caindo assim em desgraça perante Zeus, que com um raio, os cortou em dois, então a partir de aí vagueiam pelo mundo à procura da sua "outra metade" aquilo que não encontram em si, a esse desejo, Sócrates em Lísis, dá o nome de philia.


" - Citaria Platão, já que estaria diante de um intelectual. Segundo ele, no início da criação, os homens e as mulheres não eram como são hoje; havia apenas um ser, duas faces, cada um olhando para uma direcção. Era como se como se as duas criaturas estivessem presas pelas costas, com dois sexos opostos, quatro pernas, quatro braços.
»Os deuses gregos, porém, eram ciumentos, e viram que a criatura que tinha quatro braços trabalhava mais, as duas faces opostas estavam sempre vigilantes e não podiam ser atacados a traição, quatro pernas não exigiam tanto esforço para ficar de pé ou andar por longos períodos. E, o que era mais perigoso, a tal criatura tinha dois sexos diferentes, não precisava de ninguém para continuar a reproduzir-se.
»Então, disse Zeus, o supremo senhor do Paraíso: "Tenho um plano para fazer com que estes mortais percam a sua força."
»E, com um raio, cortou em dois, criando o homem e a mulher. Isso aumentou muito a população do mundo, e ao mesmo tempo desorientou e enfraqueceu os que nele habitavam - porque agora tinham de procurar de novo a sua parte perdida, abraçá-la novamente, e nesse abraço recuperar a força antiga, a capacidade de evitar a traição, a resistência para andar durante longos períodos e aguentar o trabalho cansativo. A esse abraço em que os dois corpos de fundem de novo em um chamamos sexo."

in Onze Minutos, Paulo Coelho

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Citação íntima: Paulo Coelho*

"Embora o meu objectivo seja compreender o amor, e embora sofra por causa das pessoas a quem entreguei o meu coração, vejo que aqueles que me tocaram a alma não conseguiram despertar o meu corpo, e aqueles que tocaram o meu corpo não conseguiram alcançar a minha alma."

"Tudo me diz que estou prestes a tomar uma decisão errada, mas os erros são uma maneira de agir. O que quer o mundo de mim? Que corra riscos? Que volte de onde vim, sem coragem de dizer "sim" à vida?...
Se tenho que ser fiel a alguém ou a alguma coisa, em primeiro lugar a mim mesma. Se busco o amor verdadeiro, preciso primeiro de ficar cansada dos amores medíocres que encontrei. A pouca experiência de vida que tenho ensinou-me que ninguém é dono de nada, tudo é uma ilusão - e isso vai dos bens matérias aos bens espirituais. Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantia (algo que já me aconteceu tantas vezes), acaba por aprender que nada lhe pertence."

"O amor não está no outro, está dentro de nós mesmos; nós despertamo-lo. Mas para este despertar precisamos do outro. O Universo só faz sentido quando temos alguém com quem partilhar as nossas emoções."


"A paixão faz a pessoa deixar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra.
Ninguém que desorganizar o seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar essa ameaça, e é capaz de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já esta pobre. São os engenheiros das coisas superadas.
Outras pessoas pensam exactamente o contrário: entregam-se sem pensar, esperando encontrar na paixão as soluções para todos os seus problemas. Depositam na outra pessoa toda a responsabilidade pela sua felicidade, e toda a culpa para a sua infelicidade. Estão sempre eufóricas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam acabou por destruir tudo.
Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes é a menos destrutiva?
Não sei."

"Pensei muito, e descobri que não entrei naquele café por acaso; os encontros mais importantes já foram combinados pelas nossas almas antes mesmo dos corpos se verem.
Geralmente, esses encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos de morrer e de renascer emocionalmente."

"»O soldado vai para a guerra matar o inimigos? Não: vai morrer pelo seu país. A mulher gosta de mostrar ao marido o quanto está contente? Não: quer que ele veja o quanto se dedica, o quanto sofre para o ver feliz. O marido vai para o trabalha pensando que encontrará a sua realização pessoal? Não: dá o seu suor e as suas lágrimas pelo bem da sua família. E por aí vamos: filhos que renunciam aos sonhos para alegrar os pais, pais que renunciam à vida para alegrar os filhos, dor e sofrimento justificando aquilo que devia trazer apenas: amor.
...«"
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* - in Onze Minutos

domingo, 1 de abril de 2007

Citação íntima: Margarida Rebelo Pinto*

"Usamo-nos todos uns aos outros e chamamos a isso amor. E quando já não nos podemos usar uns aos outros chamamos a isso ódio.
...
apercebo-me que o amor é uma coisa e a vida é outra, e que ainda preciso de aprender a viver melhor, sem depender tanto dos outros para me sentir, senão feliz, pelo menos, confortável."
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* - in a alma de pássaro