quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Sexo sim, aborto não!

Ao assistir na segunda-feira, no Prós e Contras ao debate sobre a despenalização do aborto, fiquei estupefacto com alguns dos argumentos de alguns dos movimentos pelo "Não".
Não que eu seja a favor do aborto a "qualquer preço", nada disso, despenalização sim, nas suas devidas necessidades.
O slogan "sim a vida", muito do agrado de alguns dos movimentos pelo "Não", e tudo o que ele tem "por detrás", despertou em mim um ponto de vista, que talvez muitos de vós achem descabido, absurdo ou fora do contexto. Contudo com ele apenas quero criar um fio condutor, uma mera comparação. Não sei se serei suficientemente explicito, mas talvez alguns de vós percebam onde eu quero "chegar".
Numa sociedade católica, onde a luz dos conceitos religiosos, qualquer relação sexual que não tenha como finalidade a procriação, só por si é considerado um pecado. Do meu ponto de vista, com esta "recriminação", a igreja condena o acto como sendo castrador, impedindo assim a criação de um novo ser vivo. Desse modo, salvaguardando a devidas diferenças, não estarão as praticas contraceptivas na possibilidade de serem consideradas próximas do acto abortivo! Não estaremos nós, ao praticar sexo seguro, a praticar uma pré-interrupção de uma pré-gravidez, e com isso pré-retirar a vida a um novo ser vivo, praticando assim um pré-aborto.
Apesar de "castradores da vida", os métodos contraceptivos são aceites e largamente praticados pela sociedade.

sábado, 27 de janeiro de 2007

Eterna despedida

Na minha alma
mora a saudade,
ao ver-te partir.
Rasca-me a alma
não mais poder sentir,
teu cheiro, teu calor.
Chora o meu ser,
por jamais poder,
despedir-me de ti,
na eterna lembrança.
Negra é a dor,
deste infindável vazio,
ao ver os teus olhos
despedirem-se de mim.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

A procura do ...

Andavas tu atarefado a procura, quando de súbito ouviste uma voz.
- O que procura tu?
- Nada. Respondeste tu.
- Nada! Como assim?
- Procuro o nada, o esquecimento...
- Porque procuras tu o nada?
- Para esquecer aquilo que perdi, nunca tive...
- Mas se nunca o tiveste, como o haverias de perder!
- Nem sempre perdemos aquilo que temos...
- Mas o perdi está esquecido.
- Não, está perdido, mas não esquecido. Mas afinal quem és tu?
- Se olhasses com atenção saberias que faço parte de ti.
- Vieste para me ajudar?
- Talvez, quem sabe! Se me deixares...

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Chispa fogosa

Diz de tuas palavras, saberei realmente quem tu és.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Portuga desenrascado

A muito que ouço a velha máxima do portuga ser bom no desenrasca! Não que isso seja um defeito, em certas ocasiões na vida domestica até vai dando jeito.
Mau é quando está jeito natural para o desenrascanço se vai estendendo para a esfera profissional, e a luz de um diploma desadequado, sem o mínimos conhecimentos na matéria, se vai ocupando cargos para os quais não se esta minimamente preparado, deixando assim de fora um profissional correctamente habilitado.
Ouvimos por vezes dizer que este país não anda para a frente, talvez um dos motivos seja preciosamente esta velha máxima, que erradamente vai continuando a habitar nas nossas mentes, e com isso decapitando os mais habilitados.
Porquê não aplicar aqui a velha máxima, "cada macaco no seu calho". Deixemos os profissionais correctamente habilitados exercer o seu conhecimento.
Não é minha pretensão com este post ferir qualquer susceptibilidade, por isso não irei aqui nomear nenhum exemplo em concreto, em que uma determinada classe profissional evade literalmente o espaço de outra.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Chispa fogosa

A saudade, fruto da mais pura ligação.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Eu e as palavras...

As palavras são mais complexas que o simples um mais um serem dois e por aí em diante, vamos por isso lá perceber o eterno "ódio" a matemática. Não que eu não goste da sapiência das palavras, do seu fruto, longe de mim.
Eu e as palavras somos mais, um encontro apresado (no bom sentido) no vão da escada, entre dois bons amigos. Dizemos tudo mas em poucas palavras.
Será isso falta de expressão, julgar que simples e breves palavras, são facilmente compreensíveis, alusivas ao meu pensamento, como uma simples equação fruto do meu querer e saber lógico (matemático).
Por vezes dou comigo a dar voltas e voltas as palavras, para no final chegar a mesma conclusão, sem com isso acrescentar uma virgula. Afinal estava tudo tido naquelas pouquíssimos palavras. Será?! Não estarei eu, ao saber o seu peso e fruto, a subestimar algo!
Eu e as palavras...

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Conversa de amigo

Um amigo meu em conversa perguntou-me "como ia de amores?", a qual lhe respondi, dadas as circunstância da vida e o estado de espírito, que este não seria o momento ideal para amar alguém. Não saberia corresponder ao amor, não me saberia fazer amar, nem amar, como eu quereria (pobre de mim, romântico, sonhador). Ao qual ele me respondeu, por outras palavra, que não deveria ser eu a avaliar-me (eu que sou bastante critico em relação a minha pessoa), tinha que dar uma oportunidade a outra pessoa. Era tudo uma questão de auto confiança. Para ele eu tinha tudo para ser amado, era boa pessoa, bonito por dentro por fora, feliz aquele que me encontra-se (não quero nem pretendo auto elogiar-me com estas suas palavras).
Eu ouvi atentamente, mas continuo a acreditar que este não é o momento ideal. Quem sabe não estarei eu errado!



Jacques Brel - Quand on a que l'amour.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Humanos - Muda de Vida

Quem nunca pensou mudar de vida, eu já, e muitas vezes. Só não o fiz por várias razões que me foram pretendo a um objectivo anteriormente traçado, que naquele instante me impediram de deitar muita coisa a perder em prol de outras. Era o meu lado racional, organizado a prevalecer em detrimento por vezes de um sonho distante, nunca gostei de deixar um tarefa a metade, como se eu tivesse o dom de prever o futuro!

domingo, 14 de janeiro de 2007

Chispa fogosa

A verdade subsiste enquanto tida como verdadeira.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Chispa fogosa

Fica-te bem o meu amor.(*)

_______________
(*) Simples pensamento.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Charles Aznavour - Quien

Chamem-me saudosista, antiquado, cota, quero lá saber. Uma coisa é certa, sempre gostei da música francesa dos anos 70.
Gosto de entre outros cantores do Charles Aznavour, esta música em especial toca-me muito, e sempre que a ouço fico comovido.
Ouçam...



Quién, cuando ya no aliente
silenciosamente, llegará hasta ti
y como el olvido
ya te habrá vencido
le dirás querido
al igual que a mí

Quién borrará mis huellas
y encendiendo estrellas
en la oscuridad
abrirá balcones
romperá crespones
y pondrá canciones
en tu soledad

Quién será mi revelo
quién te va a convencer
quién volverá de nuevo
a reinar en tu ser

Quién cuando ya me ausente
va a cruzar el puente
que mande a cerrar
y pondrá colores
en tus sinsabores
y te hará olvidar
pronto mi pesar

Yo tengo el doble de tu edad
más no me importa sucumbir
a ver de cara la verdad
del porvenir
No vistas luto por mi amor
pues no me gusta ser cruel
y sé que nunca ese color
le fue a tu piel

Quién cuando yo me vaya
Llegará a tu playa un anochecer
y pondrá su empeño
en velarte el sueño
y lo harás tu dueño
casi sin querer

Quién besará tu pelo
y en tu negro duelo
te pondrá un clavel
Ya diferente te verá la gente
nueva y sonriente
como un cascabel

Quién viene a suplicarme
Quién dime dulce bien
Quién trata de borrarme
Quién amor en tu sien
Quién por sustituirte
y por destruirme sin contemplación
romperá en pedazos
todos nuestros lazos
y sin compasión
mi propio corazón

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Chispa fogosa

Por vezes tenho vontade de abraçar o mundo...

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Carlos Núñez

Carlos Núñez é sem duvida um dos gaiteiros galegos mais conhecido.
Pena que desde 2004 não publique nada de novo. Apesar disso, o seu reportório e vasto e de se ouvir com muito gosto e prazer.
Deixou-vos um exemplar...







Num dos seu álbuns Dulce Pontes canta uma lindíssima canção Lela.

Lela

Están as nubes chorando
por un amor que morreu.
Están as rúas molladas
de tanto como choveu. (bis)

Lela, Lela,
Leliña por quen eu morro,
quero mirarme,
nas meniñas dos teus ollos.

Non me deixes
e ten compasión de min.
Sen ti non podo,
sen ti non podo vivir.

Dame alento das túas palabras,
dame celme do teu corazón,
dame lume das túas miradas,
dame vida co teu dulce amor. (bis)

Lela, Lela,
Leliña por quen eu morro
quero mirarme
nas meniñas dos teus ollos.

Non me deixes
e ten compasión de min.
Sen ti non podo,
sen ti non podo vivir.

Sen ti non podo,
sen ti non podo vivir.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Sonhos de menino

Certo dia um menino sonhou ser alguém, professor primário de aldeia, alfaiate. Sonhou ser tal como os grandes mestres da antiga Grécia, detentor de múltiplos saberes.
No fundo via o futuro risonho, cheio de sonhos, esperanças, paz e amor...
Hoje quase não sonha, assiste com tristeza a guerras, desavenças no seio da humanidade, que não levam a nada, apenas enaltecem ódios, afundam a humanidade e conduzem a destruição do planeta azul.

Queria que o mundo,
fosse um jardim,
onde nele se planta uma flor,
e se colhe um sorriso,
onde se fala de amor,
e se colhe mais um sorriso,
onde se dá por prazer,
em troca de um sorriso.

Vestir o mundo de verde,
na esperança de ver,
os sonhos de menino.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Chispa fogosa

No silêncio do teu ser, encontrei as palavras que me faltavam..