A procura do ...
Andavas tu atarefado a procura, quando de súbito ouviste uma voz.
- O que procura tu?
- Nada. Respondeste tu.
- Nada! Como assim?
- Procuro o nada, o esquecimento...
- Porque procuras tu o nada?
- Para esquecer aquilo que perdi, nunca tive...
- Mas se nunca o tiveste, como o haverias de perder!
- Nem sempre perdemos aquilo que temos...
- Mas o perdi está esquecido.
- Não, está perdido, mas não esquecido. Mas afinal quem és tu?
- Se olhasses com atenção saberias que faço parte de ti.
- Vieste para me ajudar?
- Talvez, quem sabe! Se me deixares...
8 comentários:
A sério, quase sisudo - a voz da consciência!
A brincar, quase a rir - o anjinho ou o diabinho que se sentam no teu ombro e te segredam muitas coisas ao ouvido...
:-)
Ric, não tinha pensado nessas duas figurinhas, por si só muito engraçadas. ;)
É estranha a sensação de ter perdido aquilo que nunca se teve, não é?! É que se sentimos isso é sinal que estivemos ao pé de conseguir algo e que dificilmente voltaremos a estar tão perto de o tentar conseguir!...
"- Vieste para me ajudar?
- Talvez, quem sabe! Se me deixares..."
Eu concentro-me neste final. Se não tivermos apetência para a "mudança", nem a voz da nossa consciência nos pode dar uma ajuda!
É mesmo esse o espírito, catatau.
Bem tido, TZ.
Estás a tornar-te um poeta ou é impressao minha? ;)
Pelo menos um inteligente "relator de sentimentos" já és de certeza. ;)
Que bonita forma encontrou o Gazpar de expressar o prazer que se sente ao ler este teu texto.
Parabéns aos dois.
Bom fim de semana.
Poeta eu! Quem me dera Gazpar. Vou escrevendo "umas coisinhas", com sentimento...
Obrigado pelo simpático elogio. :)
Pinguim, já é uma alegria saber que existem pessoas que lêem, quando gostam é uma alegria redobrada. Obrigado meu caro. :)
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