domingo, 8 de abril de 2007

Almas gémeas

Platão entre outros conceitos, foi precursor do Amor Platónico e das Almas Gémeas.
No livro "O Banquete", onde enaltece o amor, Platão conta que, nos primórdios o ser humano era composto por três géneros, masculino, feminino e o andrógino que era um ser duplo, tinham 4 pernas, 4 braços e 2 cabeças. Existem andróginos com uma metade masculina e outra feminina, e outros com as duas metades masculinas ou duas femininas. Certa altura, essas criaturas provocaram os deuses, caindo assim em desgraça perante Zeus, que com um raio, os cortou em dois, então a partir de aí vagueiam pelo mundo à procura da sua "outra metade" aquilo que não encontram em si, a esse desejo, Sócrates em Lísis, dá o nome de philia.


" - Citaria Platão, já que estaria diante de um intelectual. Segundo ele, no início da criação, os homens e as mulheres não eram como são hoje; havia apenas um ser, duas faces, cada um olhando para uma direcção. Era como se como se as duas criaturas estivessem presas pelas costas, com dois sexos opostos, quatro pernas, quatro braços.
»Os deuses gregos, porém, eram ciumentos, e viram que a criatura que tinha quatro braços trabalhava mais, as duas faces opostas estavam sempre vigilantes e não podiam ser atacados a traição, quatro pernas não exigiam tanto esforço para ficar de pé ou andar por longos períodos. E, o que era mais perigoso, a tal criatura tinha dois sexos diferentes, não precisava de ninguém para continuar a reproduzir-se.
»Então, disse Zeus, o supremo senhor do Paraíso: "Tenho um plano para fazer com que estes mortais percam a sua força."
»E, com um raio, cortou em dois, criando o homem e a mulher. Isso aumentou muito a população do mundo, e ao mesmo tempo desorientou e enfraqueceu os que nele habitavam - porque agora tinham de procurar de novo a sua parte perdida, abraçá-la novamente, e nesse abraço recuperar a força antiga, a capacidade de evitar a traição, a resistência para andar durante longos períodos e aguentar o trabalho cansativo. A esse abraço em que os dois corpos de fundem de novo em um chamamos sexo."

in Onze Minutos, Paulo Coelho

10 comentários:

MrTBear disse...

POsso fazer uma correcção??
Posso??
Com licença do de Senhor PC, vou isolar a última frase e reescrevê-la:
"A esse abraço em que os dois corpos de fundem de novo em um chamamos AMOR"
Hoje acordei assim........

Unknown disse...

Assim que li este post, surgiu-me a mesma ideia de mrtbear ... depois pensei que eram coisas de uma romântica que não cresceu, e deixei-me ficar calada :)

Felicidades para todos!

Anónimo disse...

É. No fundo, neste mundo, toda a gente anda à procura da sua metade. Eu tive sorte: já a encontrei! :)

Tongzhi disse...

Pois, a eterna procuro de algo que nos complemente...
Concordo com a alteração da última frase, tem mais a ver com o resto, fica mais consistente!

Anónimo disse...

oh Deuses, que bom termos nós, simples terrenos, a possibilidade de modificar conceitos, como neste caso, mudar o sentido da frase de Paulo Coelho, dum "batido" sexo, para um "sublime" Amor.
Estou como tu, João Manuel, feliz por já o ter encontrado.

MrTBear disse...

Mudaste de casa Lampejo??
Fazes bem, mudar de ares, faz bem à saúde LOL

Mas eu achava a outra mais de acordo, mais serena LOL, esta tem muita luz
Abraços

Anónimo disse...

Tem luz e tem o verde da esperança que é o que ele precisa!
E além disso, o verde está fashion... :D

lampejo disse...

MrTBear, eu não me importo que faças "correcções", eu próprio também gostaria que o texto fosse assim, mas o Paulo Coelho não achou...

Natacha, pois o Paulo Coelho lá tinha as suas razões, talvez naquele momento não quisesse ser romântico.

Sem duvida Catatau, felizes são aqueles que encontram a sua outra metade...

TZ, claro que ficava melhor. Mas no amor também, e não só, há sexo, mas, eu não poderia alterar o texto original do Paulo Coelho...

Quem bom, Pinguim, e que dure por muito tempo. :)

Mudei sim MrTBear, apeteceu-me dar uma arejadela (não que eu não gostasse do anterior), se bem que ainda vá mudando alguma pequenas coisas.
:)
Abraço.

Apoiado Catatau, e viva o verde!

Anónimo disse...

Paulo Coelho sempre no seu melhor, na sua escrita do mais real, mas é sempre bom enfeitarmos as coisas e dizermos que muito mais que o sexo, há amor... E como sabe bem quando dois corpos se fundem e sentem o amor... Felizmento posso afirmar que entendo esse fundir amoroso.

lampejo disse...

Lover, sem duvida...