Recordações
quando a vida
desgasta os sentidos
resgato do fundo
as memórias perdidas
espanto a saudade
com lembranças garridas
emalo a verdade
o perfume das nossas vidas
bebo da lembrança
o sumo da vida
o que desígnio alcança
da tua presença cálida
lambo as feridas
das batalhas perdidas
das memórias rasgadas
das vidas passadas
guardo o resto da amargura
nos escombros da vida
da inocência pura
para sempre calada
visto de esperança
mesmo que fugidia
de cores vadias
na cadência desta dança
respiro o calor
da fogueira da vida
os pedaços de amor
guardados na calada
10 comentários:
E a vida continua...
Hum... isto tem dedicatória?... ;)
Quanto mais leio... mais gosto do que escreves e fico grata pelo dia que "te" descobri...
Beijinhos
"Poeticamente falando"
E falas/escreves tu muito bem!
É um prazer sentar-me à volta desta fogueira.
Um abraço grande!
Cada vez melhor!
Eu também sou daqueles que acham que recordar também é viver (desde que não nos viremos em definitivo para o passado e não nos tornemos saudosistas. No meio é que está a virtude, não é o que se diz?...)
A tua poesia alcança aqui um dos seus melhores momentos.
Parabéns.
Arion, continua pois, o tempo não para...
Abraço!
Catatau, indirectamente, pois das memórias fazem parte pessoas e locais...
Abraço!
Natcha, fico feliz por saber que gostas...
Beijinhos!
jnavarro, também é um prazer ter-te por cá.
Abraço!
Ric, obrigado pelo elogio. :)
Sim, não devemos carregar o passado nas costas...
Abraço!
Amigo Pinguim, este poema por acaso deu-me muito prazer em escrever e ao lê-lo também o achei um dos meus melhores...
Obrigado. :)
Abraço!
Temos poeta!
Gostei de ver que a «brasa» já não era :pseudo-poeta :-)
Beijinhos!:-)
Querida shadow, o pseudo-poeta evoluiu... ;)
Beijinhos... :)
Tem ritmo, tem cadência, tem beleza. Parabéns
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